quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cisterna - Baixo Custo para Armazenar Água


Cisterna Modelo Coronel Freitas

INTRODUÇÃO GERAL
Apesar do alto potencial hídrico de Santa Catarina a escassez de água é uma realidade em várias regiões do Estado principalmente na época de estiagem. No Município de Coronel Freitas esta e uma realidade constante. A elevada dependência de abastecimento de água, a concentração da produção em áreas de baixa capacidade de retenção, devido ao relevo acidentado e a grande concentração de segmentos econômicos: suinocultura, avicultura, bovinocultura de corte e leite agrava ainda mais a demanda de água.
As constantes estiagens que ocorrem na região mostram a fragilidade do sistema de abastecimento existente, causam prejuízos significativos para a sociedade, decorrentes do aumento dos custos de captação, transporte e tratamento da água para a manutenção da produção, ocasionando perda da eficiência produtiva, redução e paralisação das atividades agropecuárias.
Devido ao grande número de telhados de aviários, pocilgas e outras construções nas propriedades rurais que constituem excelentes fontes de captação de água a custo baixo, uma das importantes alternativas para abastecimento das demandas de água é através de construções de cisternas.
O QUE É UMA CISTERNA?
É um reservatório de baixo custo para captação e armazenamento da água da chuva, que escorrem de telhados de aviários, pocilgas e construções rurais, servindo também de depósito para fontes protegidas.
Para que a água da chuva permaneça em bom estado de conservação, a cisterna deve ser feita de forma que fique bem fechada, sem entrada de luz, se possível subterrânea diminuindo assim a temperatura da água e conseqüentemente retardando a ação das bactérias e o aparecimento de algas.
PORQUE CONSTRUIR CISTERNA?
Durante as últimas estiagens ocorridas verificou-se que existe uma grande carência de água em nosso município e também na região, tanto em quantidade quanto em qualidade devido ao elevado consumo animal (bovino, aves, suínos), e a contaminação ambiental.
É uma alternativa já conhecida na região Nordeste, sendo viável nesta região e muito utilizada.
SUAS VANTAGENS
- Redução do consumo de água potável na propriedade e do custo de fornecimento da mesma em época de estiagem;
- Contribui com o Meio Ambiente, não desperdiçando um recurso natural;
- Disponibilidade de água em épocas de estiagem e com baixo custo;
- Garante a continuidade das atividades agropecuárias em sua propriedade na época de estiagem;
- Diminui o custo para o agricultor e para o poder público   no transporte de água com trator e caminhão tanque, podendo estes recursos serem disponibilizados para outras obras.
Qualidade da Água
As análises de água de cisterna, realizadas pelo Laboratório de Águas e Efluentes/Cepaf/ Epagri de Chapecó, cujas águas foram captadas em aviário de corte de 1.200 metros quadrados, apresentaram média de 6,3 Coliformes fecais NMP/ 100 ml, ph 6,6 a 6,63, sólidos totais de 85 a 98mg/L e turbidez de 1,45 a 1,83 UNT. Estes resultados são muito bons se comparados com os de águas de vertentes superficiais e até de poço profundo. Quando comparados com água de rios e riachos, a diferença é muito maior. Esta água, com simples coloração elimina completamente os coliformes fecais e, é perfeitamente possível o uso para a dessedentação dos animais e irrigação de culturas hortículas, entre outras finalidades.

PASSOS PARA CONSTRUIR UMA CISTERNA
1. Escolha do local
- Deve ser mais baixo que telhados e fontes de água para facilitar a captação;
- Evitar a construção próxima de árvores, pois suas raízes podem perfurar a lona;
- Procurar um terreno que não tenha pedras, pois as mesmas podem perfurar a lona.
Escolha do Local
2. Marcação e escavação do buraco
- Com o auxílio de uma retroescavadeira cavar um buraco suficiente para atender a necessidade de água de cada propriedade; 
Marcação do Burraco
- Fazer um dreno para a limpeza da cisterna e auxilio na retirada de água em baixo da lona em épocas de grande precipitação.
3. Colocação da lona
- Fazer a limpeza retirando pedras, raízes e emparelhar as paredes (bordas) e o fundo;
- A lona PEAD (manta) para forrar o fundo, deve ter a espessura de 0,8 mm, enterrando as laterais para fixar a mesma;
Colocação da Lona
Colocação da Lona
- Posteriormente fazer a armação de sustentação que deve ser de cano galvanizado;
- A lona PEAD indicada é a de espessura de 0,5 a 0,8 mm. Deve-se colocar em dias ensolarados para ter uma melhor elasticidade;
- Esta lona deverá ser fixada no solo, abre-se uma vala ao redor, coloca-se a lona e após enterra-se;
- Deixar uma janela (porta, tampão) de acesso ao interior para manutenção, ter cuidado com esta abertura, mantendo-a fechada com cadeado para evitar acidentes.
4. Como é feita a captação da água
- É feita em telhados de aviários, pocilgas, estábulos, galpões, casas etc;
- Utiliza-se calhas que podem ser feitas de lona PEAD 0,8 mm, canos de PVC ou galvanizados;
- Deve-se usar sombrite para cobertura da calha, evitando assim a entrada de folhas, galhos etc;
5. Filtragem da água
- Caixa de eliminação da primeira água. Serve para eliminar a primeira água, aproximadamente o suficiente para fazer a limpeza do telhado.
- Pré  filtro. Serve para reter sedimentos mais grosseiros e funciona no principio de decantação.
- Filtro. Serve para filtrar as partículas menores que ainda estão presentes na água.
6. Capacidade
Para saber o tamanho da cisterna o agricultor deve observar qual é o consumo diário de água na criação adotado em sua propriedade. Observando os períodos de falta de água que é de aproximadamente 45 dias na região oeste de Santa Catarina.
7. Recomendações
- Fazer a análise da água com freqüência;
- Após a chuva soltar toda água da caixa de eliminação da primeira água e pré-filtro;
- Colocar cloro na água antes da utilização;
- Somente utilizar para consumo animal, limpeza e irrigação em produções agropecuárias.
 Abaixo tabela com Materiais e Custos para construir uma Cisterna Modelo Cel. Freitas.


Fonte:
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente
(49) 3347-0322/ 0242

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dica de Saúde - Obesidade


A obesidade é uma doença associada ao acúmulo excessivo de gordura corpórea, resultante de diversas contribuições. Dentre elas, podem-se destacar os aspectos genéticos, comportamentais e ambientais.
É importante observar que o acúmulo de massa corpórea está sempre associado a um consumo de energia maior do que o gasto energético. Por sua vez, esse acúmulo pode ser decorrente tanto da quantidade de alimentos que se ingere, como das modificações que os mesmos podem sofrer devido a distúrbios.

• Existem três diferentes tipos de obesidade:
     - Obesidade Difusa ou Generalizada;
     - Obesidade Andróide ou Troncular: caracteriza-se pelo formato corporal que se assimila a uma maçã;
     - Obesidade Ginecóide: caracteriza-se pela deposição da gordura a nível dos quadris, levando a um formato corporal semelhante a uma pêra

• A obesidade pode ocorrer devido a distúrbios nutricionais, por inatividade física, por distúrbios hormonais e devido a causas genéticas;

• A reeducação alimentar é fundamental para diminuir a quantidade de calorias ingeridas, podendo necessitar de suporte emocional;

• As dietas, bem como o uso de medicamentos, devem ser orientados por um médico ou profissional capacitado; no entanto, convém salientar que as dietas muito restritas a determinados tipos de alimentos, ou aquelas que impõem um consumo muito baixo de calorias, em geral não são recomendadas;

• A prática de atividades físicas é aconselhável por diversos fatores, entre eles: diminuição do apetite, aumento da ação da insulina, melhoramento do perfil das gorduras e melhora da auto-estima.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA)


Direito Humano é aquele que todas as pessoas possuem. Não importa a cor, o sexo, a nacionalidade, qual seja a religião, se ela é rica ou pobre, se mora na cidade ou no campo. O Governo, a sociedade e cada um de nós deve reconhecer que todos têm direito a: moradia, saúde, educação, trabalho digno, informação, liberdade e alimentação.
O Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) é previsto em tratados internacionais de Direitos Humanos, a exemplo do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC). No Brasil, a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei nº 11.346/2006) define o Direito Humano à Alimentação Adequada como o direito de “acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.
Desde o nascimento, ou mesmo dentro da barriga da sua mãe, você têm direitos, e um deles é o direito à alimentação. Mas não é o direito a qualquer comida e sim a uma comida saudável. Uma alimentação com qualidade e em quantidade suficiente, de forma digna e de modo permanente.
Cabe ao Estado Brasileiro obedecer à legislação sobre Direitos Humanos, garantindo o respeito, a proteção, a promoção e o provimento do DHAA.
O CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) analisa, programas e políticas públicas consideradas essenciais para a garantia deste direito humano fundamental. Dentre estes programas o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, destacando-se como programa de garantia ao DHAA.

Referências Bibliografica:

Alimentação do Adolescente – Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição-Região Sudeste (CECAN-Sudeste)/ENSP/FIOCRUZ/MS.
A Exigibilidade do Direito Humano à Alimentação Adequada – ABRANDH – Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos 2009
CONSEA – Comissão Permanente de Direito Humano à Alimentação Adequada – Junho 2005

Fonte: CECANE UNB

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Juventude e permanencia no campo


    A juventude rural, vem afirmando que sair do campo é uma condição, e não necessariamente um desejo, um sonho. Dessa forma, podemos concluir que a definição sobre ficar ou sair do campo, não resulta exclusivamente da construção de vínculos familiares/comunitários e de identidade com a terra, mas passa por mudanças políticas estruturais, que promovam a revalorização dos camponeses, com garantia de vida digna, boas condições de trabalho, produção, comercialização, participação política e acesso às políticas públicas.

          Nós, os/as jovens do campo e da floresta, afirmamos querer viver num meio rural diferente. Mas diferente como? Diferente, principalmente do ponto de vista da mudança de valores sociais e produtivos. A juventude rural quer ser reconhecida como sujeito de direito, que participa ativamente das decisões familiares e dos espaços políticos. Além disso, as jovens mulheres, não querem reforçar os padrões machistas, que as excluem dos ambientes produtivos e políticos. Já no que se refere à produção, há uma forte sensibilidade, entre os/as jovens rurais, da importância de desenvolver uma agricultura sustentável do ponto de vista ambiental e econômico.

        É fundamental entendermos quais os motivos que levam a juventude rural a largar a propriedade familiar (quando ela existe), mas apenas discutir os motivos que levam ao êxodo, não é suficiente! Precisamos pensar mecanismos que transformem nossa realidade, que assegurem o nosso direito de ficar no campo, quando este for, de fato, o nosso desejo! É com este sentimento, que a juventude rural do MSTTR, vem debatendo o tema da sucessão nos Festivais Estaduais e Regionais, nos Encontros, Seminários e Oficinas que estão sendo realizadas em todo Brasil.

         Para alterar este quadro, precisamos de políticas estruturantes, especialmente voltadas a educação do campo, reforma agrária e condições dignas de trabalho. Precisamos, também, ampliar e qualificar a participação juvenil nos espaços de deliberação e controle social das políticas públicas, para fortalecermos e implementarmos ações diferenciadas que rompam com as desigualdades sociais, que persistem em nossa história.


Fonte: CNJTTR - CONTAG

“As vantagens de se consumir um alimento orgânico são muitas”


Paulinho Leite

Diário de Araxá (MG)
A agricultura é uma das maiores atividades do nosso país, gerando muitos empregos e movimentando a nossa economia, além de nos fornecer uma grande variedade de tipos alimenares. Coma necessidade de se poluir menos, foram feitos alguns estudos resultando nos produtos orgânicos.
Os alimentos orgânicos são cultivados sem nenhum tipo de química: agrotóxico, adubos ou fertilizantes. Os produtos apresentam crescimento natural, preservando o solo da contaminação e conseqüentemente os lençóis freáticos, animais e o consumidor.
No ano de 1990 foi criado o “selo verde”, usado para identificar esses produtos e dar segurança ao consuidor de que tal alimento foi cultivado de forma que não polui o meio ambiente. Esse selo ainda é usado, auxiliando-nos na hora das compras. Dois anos após foi realizada a ECO92, na cidade do Rio de Janeiro, criando o termo sustentabilidade, a integração do meio ambiente com o desenvolvimento econômico de uma forma balanceada visando o crescimento controlado.
As vantagens de se consumir um alimento orgânico são muitas, dentre elas a maior concentração de nutrientes, a maior durabilidade, o sabor totalmente real, a isenção de prejuízos à saúde, etc. A única desvantagem atualmente encontrada é o preço do produto, chegado a custar três vezes mais que o produto não orgânico.
A cada dia surgem novas alternativas para cultivo de produtos orgânicos, seja nas hortas em lotes, mandalas com peixes, a pequena lavoura do produtor que sai vendendo de porta em porta, ou até mesmo a própria hortinha no quintal de casa. Ideal seria um preço acessível a todas as camadas da população. Porém, lembrem-se que as formas de produção estão ao alcance de todos e parte de nós a vontade de eliminar de vez do nosso cardápio os agrotóxicos, adubos e fertilizantes.
Original em: http://www.diariodearaxa.com.br/Materia/Colunista/Paulo-Henrique-Leite/2011/10/Alimentos-organicos/540.aspx