sábado, 27 de outubro de 2012

Desafio Cresça pra enfrentar a fome no mundo

Oxfam lança o Desafio Cresça e convida consumidores a mudar o sistema alimentar

São 5 princípios para que o consumidor ajude a promover um sistema de produção e distribuição de alimentos livre de injustiças

Segundo a FAO, 870 milhões de p
essoas passam fome no mundo, apesar de produzimos comida suficiente para alimentar a todos. Isso acontece por que nosso sistema alimentar global funciona mal e precisa mudar. Para tentar reverter esse quadro, a Oxfam lançou o Desafio Cresça. São 5 princípios que, se adotados por famílias em todo o mundo, provocarão mudanças positivas que ajudarão a construir um futuro sem fome.

“São princípios simples, como reaproveitar sobras das refeições, comprar em feiras de produtores agroecológicos e consumir alimentos da época. Muitos deles já são, inclusive, seguidos pelos consumidores. Nossa intenção era criar um lugar de convergência, onde muitas ações se encontram – todas debaixo dos mesmos princípios” comenta Muriel Saragoussi, coordenadora de campanhas da Oxfam.

Idealizado a partir da publicação Transformação Alimentar: Utilizando o Poder do Consumidor para Criar um Futuro Alimentar Justo, também da Oxfam, o Desafio Cresça já está em ação na Inglaterra, Espanha, México, Estados Unidos, Australia, Itália e Hong Kong, e chega ao Brasil na página da Campanha Cresça no Facebook (fb.com/CampanhaCresca). Seus princípios são: Evitar o Desperdício; Apoio ao Pequeno Agricultor; Consumo Sazonal e Regional; Explorar Novos Sabores; e Cozinha Eficiente.

O Desafio Cresça foi construído para ser mais do que um espaço unilateral de divulgação de receitas, dicas e ações. A intenção é que ele seja uma plataforma de diálogo e colaboração com os internautas, movimentos e organizações, que podem enviar novos conteúdos e participar ativamente do processo de mudança. Por isso, utiliza mídias sociais, como Facebook e Pinterest, e já conta com o apoio de Idec, Slow Food Brasil, ONG Banco de Alimentos, Mesa Brasil (Sesc/SP)Segunda Sem Carne e Vitae Civilis.


CRESÇA é a campanha da Oxfam para um futuro em que todos no planeta tenham o suficiente para comer. A campanha está unindo pessoas em todo o mundo a fim de ajudá-las a fazer mudanças positivas na própria vida e pressionar governos e empresas a agir com urgência. A campanha CRESÇA é uma visão de um futuro melhor. Ela nos envolve a todos.

A Oxfam é uma confederação de 17 organizações que atuam em 92 países pelo fim da pobreza e desigualdade no mundo. Ela busca soluções para melhoria das condições de vida no planeta e apoia a sociedade civil organizada e movimentos sociais locais e internacionais que lutam por mudanças de práticas, crenças e atitudes que resultem em mais justiça entre os povos.


Esse é o Desafio Cresça. Um Desafio que, por meio de 5 princípios simples, usa o poder de todos nós, cidadãos e cidadãs, consumidores e consumidoras, para construir um futuro livre da fome. 



E aí? Vamos juntos construir esse mundo?

http://bit.ly/desafiocresca

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lavrense participa do Encontro Unitário dos Povos do Campo

Foto: Agência Brasil

Em meio à diversidade política, regional e cultural, os povos do campo decidiram se articular em torno da luta pela implementação de um novo modelo agrário no Brasil, e pressionar o governo federal. O Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que começa nesta segunda-feira (20) e vai até quarta-feira (22), em Brasília (DF), indica claramente essa nova etapa.
Cinco décadas após o histórico Congresso Camponês de 1961, ocorrido em Belo Horizonte (MG), distintas organizações sociais do campo se propõem, novamente em uníssono, lutar pela reforma agrária.
Os movimentos do campo pretendem distinguir, em alto e bom som, qual o modelo de desenvolvimento os trabalhadores anseiam, e qual deve ser, na visão dos camponeses, o modelo a ser superado. “O agronegócio representa um pacto de poder das classes sociais hegemônicas, com forte apoio do Estado brasileiro, pautado na financeirização e na acumulação de capital, na mercantilização dos bens da natureza”, afirma o manifesto preparatório para o encontro, assinado em fevereiro pelo MST, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas, entre outras organizações.
Em termos gerais, se reivindica uma reforma agrária ampla e de qualidade (com produção e acesso a alimentos saudáveis e conservação ambiental, estabelecendo processos que assegurem a transição agroecológica).
Outro ponto da pauta é a garantia dos direitos territoriais dos povos indígenas e quilombolas e das comunidades tradicionais: terra como meio de vida e afirmação da identidade sociocultural dos povos.
Vital produz gado, mel e hortifruti em sua propriedade
O agricultor Vital Moreira, conselheiro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, participa do encontro em Brasília, ele coloca que muitos produtores principalmente os mais jovens estão abandonando a área rural porque não tem acesso à terra.
Opinião: A realidade da região é que o Crédito Fundiário não contempla as necessidades dos agricultores, sendo assim é preciso lutar pelos assentamentos rurais, mas também é preciso ter uma legislação clara que não venha criar conflitos agrários. O que queremos é ter terra para produção de alimentos, com crédito, habitação e outras políticas que garantam a permanência dos agricultores (pecuaristas) no lugar que sempre deveriam estar: no campo.

sábado, 21 de julho de 2012

Quilombola dos Munhós Fazem encontro em Lavras do Sul

A Comunidade Quilombola Corredor dos Munhós de Lavras do Sul, esteve reunida hoje, (21.07) na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com o objetivo de organizar a documentação referente á associação da comunidade.
Estiveram presente no Evento o Coordenador Regional da SDR, Nei Maurent e o ASsessor técnico da SDR, Renato Vaz que falaram das políticas públicas existentes para este público. Também o Presidente do STR, João Nunes e o 2º Secretário do STR de Lavras do Sul e líder da comunidade, Amilton Camargo, estiveram falando sobre as políticas sociais do campo.
Também foi apresentado um vídeo mostrando a Comunidade de Ibicuí da Armada em Livramento.
Agradecemos a toda a comunidade e as parceiros que desenvolvem o trabalho com a comunidade citando: Sindicato dos Trab. Rurais (STR), EMATER/ASCAR, Prefeitura Municipal e FETAG.



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Produtor pode vender mais para a Merenda Escolar


Agricultores Familiares poderão vender até R$ 20 mil por ano para a Merenda Escolar
A resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) que amplia de R$ 9 mil para R$ 20 mil o teto de venda por agricultor para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) foi publicada nesta quarta-feira (4), no Diário Oficial da União. E, assim, o novo limite já está em vigor. A publicação ocorreu no mesmo dia em que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) anunciou a novidade entre as medidas do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012-2013. 
Até junho deste ano, o agricultor familiar e empreendedor familiar rural podia vender até R$ 9 mil por ano ao Pnae. Agora, cada agricultor pode vender mais do que o dobro deste valor e chegar ao limite de R$ 20 mil ao ano. "Essa medida representa uma oportunidade para a agricultura familiar ganhar experiência em comercialização", pontua o secretário da Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller. "A possibilidade de vender até R$ 20 mil permite que ele faça investimentos para melhorar sua produção e se preparar, já que agora pode vender mais que o dobro do valor para o Pnae", diz Müller. 
A Resolução n° 25, de 4 de julho de 2012, altera a redação dos artigos 21 e 24 da Resolução nº 38, de 16 de julho de 2009, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). 
Chamadas públicas 
A resolução também determina que as entidades executoras do programa deverão divulgar suas chamadas públicas para compra da Agricultura Familiar na Rede Brasil Rural – ferramenta criada pelo MDA, além dos meios já utilizados, como rádio e jornais. A partir de 2013, a circulação dos editais na Rede poderá ser obrigatória, mediante regulamentação especifica pelo FNDE. 
O coordenador da Rede Brasil Rural, Marco Antônio Viana Leite, comemora a publicação: "Isso demonstra que estamos implantando um novo mecanismo efetivo, que viabiliza e dá agilidade à comercialização da agricultura familiar", afirmou. 
Fonte: MDA

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Imagens de Preservação na Pecuária













Estas fotos foram tiradas na Propriedade do Sr. Justino Marques, na Localidade de João Câncio em Lavras do Sul.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Bom exemplo


A  Agricultura Familiar viabiliza Jovens em uma pequena propriedade de 1,5ha no Município de Tapes na localidade de Raia Pires com produção de Morangos, Tomates, Berinjelas, Maracujá, Pimentão e Temperos Verdes.
Os irmãos Pâmela e Kelvin Soares juntamente com os pais plantam 12 mil pés de Morango, onde a própria muda é feita na propriedade; Devido o pouco espaço a família comercializa na feira do produtor, fornece merenda escolar e abastecimento nos mercados.
No ano de 2011 com tanta diversificação, os mesmos adquiriram uma camionete no Programa mais Alimento para fazer o transporte da produção e entregá-la no comércio.
As expectativas para esse ano é bastante animadora, pois a família pretende aumentar a produção das hortaliças.

Pesquisa realizada por Josevane Duarte Coordenadora de Jovens da Regional Camaquã.

terça-feira, 13 de março de 2012

Crise na Agricultura Familiar

Um campo com agricultores é o desejo dos participantes
Estou participando da VIII Assembleia da COPROFAM - Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul que acontece de 13 a 15 de março de 2012, em Buenos Aires, com o tema: Agricultura Familiar, Campesina y Indígena Alternativa de Desarrollo Sostenible y combate al hambre en América Latina.
Mais de 200 trabalhadores de 15 Organizações Nacionais de 7 países discutem vários temas, entre eles: a crise econômica, o setor de alimentação, a acesso a terra, as dificuldades dos agricultores familiares e populações tradicionais e indígenas e assalariados rurais.

Um texto mostra que precisamos compreender que as crises são multidimensionais e tem diversas causa, denominadas rupturas. Analise e veja se não é este o caso que passa o agricultura e a pecuária familiar na nossa região.

El Modelo de Desarrollo Agro-Exportador actual, basado en extracción abusiva de los recursos naturales y la excesiva contaminación ambiental, en la negación de los derechos y en la concentración de riquezas, ha generado una crisis que se visualiza en todas las dimensiones: económica, cultural, social, alimentaria y ambiental. Este sistema económico está provocando el calentamiento global que afecta a toda la sociedad y en especial a los pobres de los países en vía de desarrollo. Estos fenómenos se configuran en aquello que Hervieu (1990) tradujo como las rupturas de la agricultura:
  • Ruptura entre agricultura y alimentación: Agricultor produce la materia-prima: leche, cereales, etc; pero es la industria que produce el alimento para el consumidor;
  • Ruptura entre agricultura y territorio: Solamente regiones con ventajas competitivas interesan a la producción; otras son marginadas y aumentan las desigualdades regionales;
  • Ruptura entre agricultura y medioambiente: La armonía entre el agricultor y la naturaleza se rompe; la tierra pasa a ser un activo de la producción – tierra vale por lo que produce y rinde;
  • Ruptura del orden demográfica: Población económicamente activa (PEA) agrícola disminuye, pero la PEA rural crece; el espacio rural se diferencia de la actividad agrícola: “ni todo habitante del rural es un agricultor”;
  • Ruptura de la unidad familiar: La especialización genera la individualización  y la masculinización de la agricultura; se busca renta (ingresos) fuera de la agricultura (actividades no-agrícolas).

quinta-feira, 8 de março de 2012

Pecuária Familiar e Preservação

Coloquei algumas fotos de ambientes com Pecuária de Corte em ambientes familiares com preservação de diversas espécies vegetais típicas da Serra do Sudeste.
As fotos foram tiradas em Lavras do Sul, na localidade de João Câncio.

Veja as imagens na nossa página do Facebook  http://www.facebook.com/BlogVisaoLocal

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cursos Técnicos a Distância na região Etec-Brasil


Aberto o Processo Seletivo para ingresso de alunos nos Cursos Técnicos de Nível Médio - EaD


Publicado: 27/02/2012

O Instituto Federal Farroupilha, através da publicação do Edital Nº 33, divulga a Abertura das inscrições ao Processo Seletivo 2012/2, no período de 01 de março (a partir das 8 horas) a 09 de abril (até às 17 horas) de 2012, para ingresso de alunos nos Cursos Técnicos de Nível Médio - EaD (Ensino a Distância), dos polos: Alegrete, Agudo, Cacequi, Cachoeira do Sul, Canguçu, Cruz Alta, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Giruá, Ijuí, Ivorá, Maçambará, Não-me-Toque, Nova Palma, Pinhal Grande, Piratini, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Maria, Santana do Livramento, Santiago, Santo Cristo, São Borja, São Francisco de Assis, São Gabriel, São Lourenço do Sul, São Pedro do Sul, São Sepé, Silveira Martins, Sobradinho e Toropi.
E, o Edital Nº 33, divulga as informações gerais para solicitação de Isenção da Taxa de Inscrição para o referido processo seletivo.
Fonte: IFFaroupilha
Vestibular e-Tec 1/2012 - Educação a Distância - CAVG
Confira a agenda e o edital sobre o Vestibular para ingresso nos cursos da modalidade de EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD), oferecido pelo Sistema Rede e-TEC Brasil, com início previsto no primeiro semestre letivo de 2012, no Campus Pelotas - Visconde da Graça (CAVG).

Em Bagé estão sendo oferecidas vagas pra os Cursos de Biocombustíveis e Agroindústria.


Fonte: IFSUL

Lavrenses que têm ligação com a área rural e tem dificuldades de acesso a internet, podem entrar em contato comigo pelo telefone (55) 3282 1333 ou e-mail amilton2003-caminho@yahoo.com.br


Contato Instituto Federal Farroupilha - http://www.iffarroupilha.edu.br/processo_seletivo/
Contato Instituto Federal Sul - http://processoseletivo.ifsul.edu.br/

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Leite Materno contaminado por agrotóxicos e Política de Alimentação no País


O uso de agrotóxicos para produção de alimentos vem sendo cada vez mais discutido por biólogos e pesquisadores. Esses produtos que fazem o grão crescer mais rápido e mais forte são vistos por alguns como uma das maravilhas do agronegócio contemporâneo, no entanto, o uso de agrotóxicos possui um outro lado, não tão bem sucedido e louvável.

A onda de produtos orgânicos cresce justamente devido ao desejo e preocupação da população em consumir um alimento saudável, livre desses venenos agrícolas, próximo daqueles que eram consumidos antigamente, quando as famílias tinham a sua pequena plantação e dali tiravam a sua subsistência, quando ainda se vivia em uma sociedade majoritariamente rural.

No entanto, com a industrialização crescente das lavouras, eles, os agrotóxicos, vieram para ficar e, como toda e qualquer invenção, logo mostraram os benefícios e também os custos de seu uso. Esses custos ficam evidentes quando vemos os resultados de uma pesquisa realizada pela mestranda Danielly Palma, da Universidade Federal do Mato Grosso.

Entre o químico e o orgânico!

A pesquisa aconteceu na cidade deLucas do Rio Verde, conhecida por ser uma das maiores produtoras de grãos do Mato Grosso. Não por acaso, a cidade expõe seus habitantes a um nível de agrotóxicos muito maior do que a média encontrada em outros municípios brasileiros. A pesquisa de Danielly começou depois do ano de 2006, quando um acidente por pulverização aérea contaminou toda a cidade. Coube a ela examinar os resíduos de agrotóxicos presente no leite materno de 62 mães e o resultado detectou, de fato, a presença de pelo menos um tipo de agrotóxico em 100% das amostras analisadas.

A maioria das substâncias encontradas no leite materno são de alta toxicidade, algumas até têm seu uso proibido no Brasil. O fato é que o resultado desta pesquisa revela um problema gravíssimo. Se agrotóxicos são encontrados até no leite materno, isso significa que muitas crianças recém-nascidas estão sujeitas à contaminação o que, em última instância, gera uma espécie de cadeia de contaminação interminável.

Ao mesmo tempo, esse tipo de pesquisa levanta questões a respeito de uma efetivapolítica de alimentação no nosso país. Um controle do uso de agrotóxicos e um barateamento do preço dos produtos orgânicos são questões essenciais para que a população brasileira tenha acesso a alimentos de qualidade e, consequentemente, possa gozar de boa saúde e de uma melhor qualidade de vida!

Veja trecho de entrevista publicada no Viomundo feita pela repórter Manuela Azenhacom a pesquisadora Danielly Palma sobre o trabalho realizado por ela com as mães de Lucas do Rio Verde:

Viomundo – A sua pesquisa faz parte de um projeto maior?
Danielly Palma – Minha pesquisa foi um subprojeto de uma avaliação que foi realizada em Lucas do Rio Verde e eu fiquei responsável pelo indicador leite materno. Mas a pesquisa maior analisou o ar, água de chuva, sedimentos, água de poço artesiano, água superficial, sangue e urina humanos, alguns dados epidemológicos, má formação em anfíbios.
Viomundo – E essas pesquisas começaram quando e por que?
Danielly Palma – Começamos em 2007. A minha parte foi no ano passado, de fevereiro a junho. Lucas do Rio Verde foi escolhido porque é um dos grandes municípios produtores matogrossenses, tanto de soja quanto de milho e, consequentemente, também é um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Em 2006, quando houve um acidente com um desses aviões que fazem pulverização aérea em Lucas, o professor Pignati, que foi o coordenador regional do projeto, foi chamado para fazer uma perícia no local junto com outros professores aqui da Universidade Federal do Mato Grosso. Então, começaram a entrar em contato com o pessoal e viram a necessidade de desenvolver projetos para ver a que nível estava a contaminação do ambiente e da população de Lucas.
Viomundo – E qual é o nível de contaminação que a população de Lucas se encontra hoje? O que sua pesquisa aponta?
Danielly Palma – Quanto ao leite materno, 100% das amostras indicaram contaminação por pelo menos um tipo de substância. O DDE, que é um metabólico do DDT, esteve presente em 100%, mas isso indica uma exposição passada porque o DDT não é utilizada desde 1998, quando teve seu uso proibido. Mas 44% das amostras indicaram o beta-endossulfam, que é um isômero do agrotóxico endossulfam, ainda hoje utilizado. Ele teve seu uso cassado, mas até 2013 tem que ir diminuindo, que é quando a proibição será definitiva. É preocupante, porque é um organoclorado que ainda está sendo utilizado e está sendo excretado no leite materno.

Fonte: Glauco Cortez - PrtScr 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS


CINCO ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS.
27 de janeiro 2012.

   Na primeira semana de 2012, veículos da mídia de grande circulação divulgaram informações parciais e incorretas sobre o uso de pesticidas nos alimentos.

   Nós, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, contestamos essas informações e, com base no conhecimento de diversos cientistas, agrônomos, produtores e distribuidores de alimentos orgânicos, aproveitamos essa oportunidade para dialogar com a sociedade e apresentar nossos argumentos a favor dos alimentos sem venenos.

1 - O nome correto é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.
   Como afirma a engenheira agrônoma Flavia Londres: “A própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos.”
   E o engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral complementa: “Mundialmente o termo utilizado é ‘pesticida’. Não conheço outro país que adote o termo ‘defensivo agrícola”. 

2 - O nível de resíduos químicos contido nos alimentos comercializados no Brasil é muito preocupante e requer providências imediatas devido aos sérios impactos que gera na saúde da população. 
   Voltamos a palavra à engenheira agrônoma Flavia Londres: “A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa. Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo. Os limites ‘aceitáveis’ no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usam produtos já proibidos em quase todo o mundo”.
   O engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral nos traz outra informação igualmente importante: “A matéria induz o leitor a acreditar que não há uso indiscriminado de agrotóxicos no país, quando a realidade é de um grande descontrole na aplicação desses produtos, fato indicado pelo censo do IBGE de 2006 e normalmente constatado a campo por técnicos da extensão rural e por fiscais responsáveis pelo controle do comércio de agrotóxicos”.

3 - Agrotóxicos fazem muito mal à saúde e há estudos científicos importantes que demonstram esse fato.
   Com a palavra a Profª Dra. Raquel Rigotto, da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará: “No Brasil, há mais de mil produtos comerciais de agrotóxicos diferentes, que são elaborados a partir de 450 ingredientes ativos, aproximadamente. Os agrotóxicos têm dois grandes grupos de impactos sobre a saúde. O primeiro é o das intoxicações agudas, aquelas que acontecem logo após a exposição ao agrotóxico, de período curto, mas de concentração elevada. O segundo grande grupo de impactos dos agrotóxicos sobre a saúde é o dos chamados efeitos crônicos, que são muito ampliados. Temos o que se chama de interferentes endócrinos, que é o fato de alguns agrotóxicos conseguirem se comportar como se fossem o hormônio feminino ou masculino dentro do nosso corpo; enganam os receptores das células para que aceitem uma mensagem deles. Com isso, se desencadeia uma série de alterações – inclusive má formação congênita; e hoje está provado que pode ter a ver com esses interferentes endócrinos. Pode ter a ver com os cânceres de tireóide, pois implica no metabolismo. E cada vez temos visto mais câncer de tireóide em jovens. Pode ter a ver com câncer de mama. E também leucemias, nos linfomas. Tem alguns agrotóxicos que já são comprovadamente carcinogênicos.Também existem problemas hepáticos relacionados aos agrotóxicos. A maioria deles é metabolizada no fígado, que é como o laboratório químico do nosso corpo. E há também um grupo importante de alterações neurocomportamentais relacionadas aos agrotóxicos, que vão desde a hiperatividade em crianças até o suicídio.”
     De acordo com o relatório final aprovado na subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa o impacto dos agrotóxicos no país (criada no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Saúde), há realmente uma “forte correlação” entre o aumento da incidência de câncer e o uso desses produtos. O trabalho aponta situações reais observadas em cidades brasileiras. Em Unaí (MG), por exemplo, cidade com alta concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes, quando a incidência média mundial encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período. 
Como afirma o relator, deputado Padre João (PT-MG), “Diversos estudos científicos indicam estreita associação entre a exposição a agrotóxicos e o surgimento de diferentes tipos de tumores malignos. Eu concluo o relatório não tendo dúvida nenhuma do nexo causal do agrotóxico com uma série de doenças, inclusive o câncer”, sustenta. Fonte: Globo Rural On-line, 30/11/2011.

4 - Não é possível eliminar os agrotóxicos lavando ou descascando os alimentos já que eles se infiltram no interior da planta e na polpa dos alimentos.
   A única maneira de ficar livre dos agrotóxicos é consumir alimentos orgânicos e agroecológicos. Não adianta lavar os alimentos contaminados com agrotóxicos com água e sabão ou mergulhá-los em solução de água sanitária ou, mesmo, cozinhá-los. Os resíduos do veneno continuarão presentes e serão ingeridos durante as refeições.
Além disso é importante lembrar que o uso exagerado de agrotóxicos também faz com que estes resíduos estejam presentes nos alimentos já industrializados, portanto, a melhor forma de não consumir alimentos contaminados com agrotóxicos, é eliminar a sua utilização

5 - Os orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a salmonela e a Escherichia coli.
   Segundo a engenheira agrônoma Flávia Londres: “Ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos– que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento”.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org) bem como todos os materiais disponíveis na página.



Obs.: E-mail enviado a mim por Isabel da Silva participante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Participação no FSM Temático

Acervo Pessoal
Ontem tive a oportunidade de participar do Fórum Social Temático, que ocorreu no Gigantinho com a Presença do Prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, do Governador Tarso Genro, da Carmem Foro da CONTAG, de representantes dos movimentos sociais da América Latina e da Presidente da República Dilma Roussef.

O tema era o Diálogo entre a Sociedade Civil e o Governo, sendo que o tem do Fórum é a Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, a conversa girou em torno de construção de alternativas de Desenvolvimento Sustentável para a população da terra, fazendo ações de enfrentamento a crise e construindo a participação do Brasil na Rio +20.

A Presidente Dilma fez uma rápida apresentação das ações e idéias do governo no que se refere a ter políticas públicas , buscando a sustentabilidade do país, no campo econômico, social, ambiental e no fortalecimento da participação da população na construção das mesmas.

Foto: Ivan Trindade
Quanto as medidas para enfrentamento da estiagem (problema prático), não foi feito nenhum anúncio.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Alimentação Adequada

Que beleza!!! Fui selecionado no Curso sobre Direito Humano a Alimentação  Adequada - DHAA e  Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável. Eram mais de 4.000 mil inscritos. A verdade é que além do curso queremos realizar ações que possibilitem a integração campo-cidade, fortalecendo a produção local e colocando no mercado produtos mais sustentáveis.


BaH Falando nisso tá na hora do almoço...

Falta armazenar a água

Conversando com o Gerson Herter, agora pela manhã, em uma reunião sobre a estiagem no município, onde ficou decidido que devido a falta de dados das perdas no município, será feita uma nova reunião em 10 dias para avaliar a possibilidade de um decreto de emergência.


Voltando, Conversava com o Gerson ele falou que se em alguma reunião no mundo, falarmos que em Lavras do Sul, chove 2.500mm por ano e que nós não temos água, vamos ser vaiados.
A verdade é que durante todo o inverno deixamos a água indo embora pelo campo. Também é verdade que nossos açudes e bebedouros não tem condições estruturais de armazenar água.


Solução: Construirmos estruturas bem feitas para armazenar a água que cai durante o inverno para podermos usá-la no verão, seja açudes e barragens para o gado e para irrigação, seja cisternas para o consumo da casa.