quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Conheça a história do Dia da Consciência Negra

TREZE DE MAIO NÃO É DIA DE NEGRO
Tia José e Tia Bete no Encontro Quilombola
Foto: EMATER/ASCAR

NÃO FOI O NEGRO,QUEM O INVENTOU 
E A LEI ÁUREA FOI UMA MANEIRA ARRANJADA
DE EXCLUIR O NEGRO
DAQUELA PÁTRIA ONDE ELE TRABALHOU
VALHA-ME DEUS,SENHOR SÃO BENTO
O DIA DO NEGRO É 20 DE NOVEMBRO.

                                                Negro Afro
Zumbi dos Palmares nasceu em 1655, no estado de Alagoas. Ícone da resistência negra à escravidão, liderou o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas no Brasil Colonial. Localizado na região da Serra da Barriga, atualmente integra o município alagoano de União dos Palmares.
Embora tenha nascido livre, Zumbi foi capturado aos sete anos de idade e entregue a um padre católico, do qual recebeu o batismo e foi nomeado Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre nas celebrações de missas. Porém, aos 15 anos, voltou a viver no quilombo, pelo qual lutou até a morte, em 1695.
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da luta contra a escravidão, lutou também pela liberdade de culto religioso e pela prática da cultura africana no País. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra
Fontes: Fundação Cultural Palmares e Link: http://www.vagalume.com.br/officina-affro/negro-afro.html#ixzz3JcWjq6Vk

Porque 13 de Maio não é Dia de Negro?
No dia  13 de maio, um fato histórico, mas que não garantiu a integração do negro na sociedade, pois após a abolição os negros e negras não receberam nenhum tipo de indenização pelos séculos de trabalho escravo.
A abolição da escravidão não garantiu nem casas para os negros morarem, os ex-escravos saíram das senzalas diretamente para as favelas e periferias. Sendo assim, os negros foram historicamente condenados à marginalidade e negro se tornou sinônimo de exclusão social no Brasil. Por isso esse processo é entendido pelo conjunto do movimento negro como uma abolição inacabada.
Percebemos que atualmente a mídia da pouca atenção para a questão da exclusão dos negros na sociedade. E quando a questão negra aparece contém erros sociológicos e históricos graves. Por exemplo, recentemente a novela Sinhá Moça passou a ser reprisada no programa Vale a Pena Ver de Novo da TV Globo.

História inventada
O conto fala dos momentos finais da escravidão no Brasil, colocando como a filha de um Barão de café tinha pena dos escravos e lutava pelo fim da escravidão. Assistindo a novela recria-se um clima de politização onde as irmandades repletas de jovens brancos advogados lutavam pelo fim da escravidão por bondade. A novela Sinhá Moça tenta apagar a luta dos escravos pela sua liberdade e coloca todos os méritos nos brancos bons das irmandades abolicionistas.
Personagens como a Sinhá Moça reconstroem uma Historia do Brasil falsa e inventada. Não é verdade que o fim da escravidão tem como eixo principal à solidariedade dos brancos para com os negros. A historiografia não deixa margens para duvidas sobre esses eventos históricos. O fim da escravidão é marcado pela luta do povo negro por sua libertação e pela pressão inglesa para acabar com a escravidão, pois havia interesse por parte dos ingleses em aumentar o mercado consumidor para consumir os produtos industrializados frutos da Revolução Industrial. Sendo assim interessava aos ingleses o negro deixar de ser escravo para se transformar em um trabalhador assalariado.

Interesses econômicos atrás da Lei Áurea
Por outro lado, o fim da escravidão interessava também os senhores de engenho mais esclarecidos, pois concluíram que o trabalho assalariado era muito mais barato que o trabalho escravo. O escravo doente era tratado pelo senhor de engenho que assim perdia dinheiro, o mesmo tinha medo da perda de mais dinheiro caso sua “mercadoria” escravo viesse a morrer. O capitalismo tinha uma proposta para resolver esta situação para o latifundiário, pois caso o trabalhador assalariado ficasse doente seria demitido tornando a produção mais econômica. Sendo assim, alguns latifundiários aderiram ao projeto abolicionista para aumentar seus lucros.
A Historia é muito diferente dos contos e os interesses econômicos superam a suposta solidariedade de brancos para com negros. Entender esse processo é fundamental para combatermos o racismo em tempos atuais. 
O motivo do protagonismo da luta pela abolição não estar nos negros na novela Sinhá Moça é para que a classe trabalhadora não se identifique e não perceba que a transformação da sociedade só ocorre através da luta. Pelo contrario a intenção da novela conservadora é que os pobres assistam as mudanças da sociedade sem participação, deixando as mudanças para seus governantes.
A data 13 de maio de 1888 e a aprovação da Lei Áurea não podem ser representadas pela falsa e inventada bondade da princesa Isabel, pois havia interesses econômicos muito claros em jogo. O movimento negro exige a valorização da luta dos negros por sua libertação e por isso não reconhece o 13 de maio (data construída pela elite branca) como o dia principal de luta dos negros.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ajude nossos projetos

Interior de Lavras do Sul, município da Metade Sul do Rio Grande do Sul, na
região mais importante do Bioma Pampa, a Serra do Sudeste, 03 jovens comandam a Associação Comunitária Corredor dos Munhós, que possui ações em 02 comunidades quilombolas - Corredor dos Munhos e Vila dos Corvos - em ambas as famílias estão a margem do processo de desenvolvimento ocorrido na agricultura do RS. São 07 familías no Corredor dos Munhós e 05 famílias na Vila dos Corvos, em locais onde não são interessantes para o investimento público, ainda que ele aconteça através de políticas públicas do Governo Estadual e Federal, mas muito aquém das necessidades destas famílias.
A falta de investimentos nestas comunidades onde haviam dezenas de pessoas, levou ao empobrecimento, a falta de recursos financeiros, materiais e humanos necessários à organização familiar e a geração de renda nestas famílias.
Entre as principais demandas destas comunidades estão:
 - Melhoria na qualidade da habitação das famílias;
 - Investimento nas estradas de acesso ás comunidades (Colocação de Boeiros e Cascalhamento);
 - Investimento em Água Potável para consumo humano e uso doméstico.
 - Investimento em Equipamentos de uso coletivo, para a produção agropecuária e transformação dos produtos primários e artesanato com vistas à geração de renda;
 - Investimento em transporte (logística) dos produtos até a cidade, onde há um vasto mercado para a produção local.
 - Valorização do trabalho das mulheres e da juventude nas comunidades, visando por fim ao êxodo rural.
Para tanto necessitamos de um valor considerável de recursos para viabilizar estas 13 famílias, sendo calculado em R$ 100 mil, mas qualquer ajuda é de bom tamanho.
A Associação vive hoje das doações do Presidente, que se esforça para mantê-la aberta e de alguns associados.
O que ganho com isso?
Gratidão por vossa vida e pela vossa liberalidade.

Como vou saber da aplicação dos recursos?
Através do nosso Blog - quilombomunhos.blogspot,com - iremos publicar de forma transparente a aplicação dos recursos.

Como faço para ajudar?
Depósito em Conta: 
Associação Comunitária Quilombo Corredor dos Munhos
Banco do Brasil - Agência 0801-X Conta: 9029-8
Após o depósito enviar comprovante para: quilombomunhos@hotmail.com 

PAG Seguro: Entre no blog quilombomunhos.blogspot.com e no Banner à direita clique em Doar com PagSeguro. Você doa qualquer valor via Boleto, Cartão de Crédito, Débito em Conta ou Depósito Online.








Agradecimentos:
Amilton Cesar Camargo
Associação Comunitária Quilombo Corredor dos Munhos

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Bioconstrução: Valorizando o conhecimento dos antigos...



O conceito de Bioconstrução engloba diversas técnicas da arquitetura vernácular mundial, algumas delas com centenas de anos de história e experiência, tendo como característica a preferência por materiais do local, como a terra, diminuindo gastos com fabricação e transporte e construindo habitações com custo reduzido e que oferecem excelente conforto térmico (SOARES, 1998).
São geralmente técnicas simples que qualquer pessoa é capaz de fazer, coordenada ou não por profissionais, permitindo assim de serem chamadas técnicas de autoconstrução. Assim, elas incluem grande dose de criatividade, vontade pessoal do proprietário e responsável pela obra e o uso de soluções ecológicas pontuais adaptadas à cada caso.
As bioconstruções são um elemento importantíssimo da Permacultura, buscando a integração das unidades construídas com o seu ambiente, segundo o design permacultural estabelecido na área. Deste modo, a bioconstrução busca desde o planejamento,  execução e utilização, o máximo aproveitamento dos recursos disponíveis com o mínimo impacto.
Algumas das técnicas de bioconstrução são:
    • Terra: Pau-a-pique, Adobe, Super-Adobre, Cob, Taipa de pilão, Solocimento, Ferrosolocimento,
    • Fibras renováveis: Palha, Fardo Palha, Bambu
    • Coberturas vegetais
    • Ecossaneamento: Círculo de Bananeiras, Bacia de Evapotranspiração
    • Mosaicos: reutilizando materiais disponíveis
Fonte: IPOEMA

Minha casa dos sonhos por Amilton Camargo
Fonte: Revista Casa Abril

Comunidade participa do Projeto Alto Camaquã

A Comunidade quilombola Corredor dos Munhos participa do Projeto de Desenvolvimento Sustentável e Endógeno do Alto Camaquã, entre os interesses da comunidade no projeto estão a valorização de seus produtos, entre eles, ovinos, bovinos, mel, hortifruti e artesanato.
O Coordenador Cultural da comunidade, Vicente Munhoz, foi um dos primeiros produtores a comercializar dentro do projeto, através da Associação de Ovinocultores - ACOL, sendo comercializados em torno de 90 cordeiros, através do Projeto. De acordo com Vicente, a rentabilidade é maior do que no processo de venda no mercado comum, ressaltando a diferenciação no processo, que é o negócio ser dos próprios produtores.
Já o Presidente da Associação da Comunidade, Amilton Camargo é integrante do conselho técnico da ADAC, tendo o papel de auxiliar na formatação e na implementação dos diferentes projetos que a entidade tem em andamento.
Na última terça-feira, dia 24, a comunidade esteve representada pelo Vicente, Maria José, Ronaldo e Amilton na entrega de caminhões para a Associação para o Desenvolvimento Ssustentável do Alto Camaquã - ADAC. 
Vicente e Maria Luz - Vice-Presidente da ACOL

Representantes da Comunidade na entrega dos caminhões

domingo, 13 de abril de 2014

Comunidade participa da Conferência Regional de Economia Solidária


O Presidente da Comunidade, Amilton Camargo, participou da II Conferência Regional de Economia Soldiária, que ocorreu dia 02 de abril em Bagé, que tiou propostas e delegados para a III Conferência Estadual de Economia Solidária, entre elas, o fortalecimento de um sistema de apoio à ECOSOL e das organizações de Trabalhadores.
Na ocasião foram feitas conversas com André Mombach, do projeto Km21, para organização do Fórum de Economia Solidária em Lavras do Sul. As primeiras ações estão previstas para maio.

Comunidade decide projetos a serem apoiados em 2014


A Comunidade reuniu-se no dia 15 de março para elaboração dos projetos a serem apoiados em 2014, entre eles destacam-se:
- A produção de ovinos e bovinos em campo nativo e participação na Rede de Produtores do Alto Camaquã;
- Apoio ao Artesanato Rural, com produtos locais, organizado pelo grupo de mulheres;
- Apoio a produção de olerícolas e frutícolas de base agroecológica;
- Criação de Projeto da Culinária Rural, com produtos locais, organizado pelo grupo de mulheres;
- Ações Culturais locais, valorizando a história do nosso povo;
- Construção de Habitações Rurais com qualidade através do Minha Casa, Minha vida;
- Documentação das Pessoas da Comunidade no âmbito produtivo e social;
- Busca de recursos, convênios e realização de campanhas para viabilização dos projetos, bem como acesso á água, estradas e infra-estrutura comunitária básica.
Além disso ficou acertada a realização de reuniões mensais para organização social da comunidade.