quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Corredor dos Munhos participa de publicação sobre PCTs do PAMPA

A publicação, que traz depoimentos e informações sobre povos e comunidades tradicionais e sobre a biodiversidade do Pampa, foi elaborada de forma coletiva, a partir do Projeto Pampa, executado pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), com apoio de Pão para o Mundo (PPM). O processo de elaboração do material contou com a parceria da Articulação Pacari e do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, criado em 2015, no I Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, promovido pela FLD, em Porto Alegre (RS).
Além de mestre Preto, falaram ainda a secretária executiva da FLD, Cibele Kuss, a assessora programática da FLD, Juliana Mazurana, a representante da Articulação Pacari, Lourdes Cardozo Laureano, e outras e outros representantes de comunidades e povos: Amilton Cesar Camargo e Nilo Dias, comunidades quilombolas, Mariglei Dias de Lima, benzedeiras e benzedores; Marcos Sanchez Blanco, pecuaristas familiares; Rosecler Winter, povo cigano; João Carlos Padilha, povos indígenas; Carlos Adriano Leite, pescadoras e pescadores artesanais; e Carmo Thum, povo pomerano.
Nas mensagens, uma palavra apareceu com força: invisibilidade. “No início do projeto, nos demos conta da importância da criação de um comitê, para trabalharmos a questão de a região ser tão desconhecida”, disse Amilton Cesar Camargo. “Uma das primeiras ações organizadas pelo grupo foi o levantamento do que temos em sociobiodiversidade na região. A publicação é um dos resultados desse trabalho, feito a muitas mãos”. 
Uma equipe, composta por integrantes do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais, da FLD e da Pacari, percorreu, durante alguns meses, 21 municípios da região, dialogando com centenas de pessoas de comunidades quilombolas, benzedeiras e benzedores, pecuaristas familiares, povo cigano, povos indígenas, pescadoras e pescadores artesanais, povo de terreiro e povo pomerano. 
Conforme consta na publicação, “foi a partir da autoafirmação das pessoas e dos grupos envolvidos que se evidenciaram estas oito identidades sociais, sem desconsiderar, no entanto, suas múltiplas identidades: uma única pessoa pode se identificar como mulher, quilombola, pecuarista familiar, benzedeira, parteira, além de agricultora e artesã”.
O livro está disponível aqui para download.
Veja mais em: www.fld.com.br

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